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Quadrinhos Nacionais: Pátria Armada


Toda terça feira é dia de quadrinho nacional aqui no HIPERTEXTOS. Projetos bacanas, boas histórias, e gente criativa que eu venho conhecendo ao longo dos últimos anos, já que resolvi me embrenhar nesse mundo também como criador. Espero que se divirtam o tanto quanto eu tenho me divertido.

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Hoje eu vou contar como vim parar nesse mundo de quadrinhos, agora como criador. E já que a culpa é do Klebs Jr. e do seu projeto Pátria Armada, aproveito pra recomendar esse universo que eu adoro e do qual hoje, com muito orgulho, também faço parte.


Pátria Armada é uma minissérie em 3 edições. Em uma realidade alternativa, quando os militares tentam tirar o presidente João Goulart do poder em 1964, rola um levante liderado por São Paulo e começa uma guerra civil, que dura até os anos 90, tempo presente da história. Conforme a guerra se desenrola, precisamente em 1972 são lançadas bombas químicas experimentais por ambos os lados. Mais de 500 mil pessoas morrem e o país é assolado por uma onda de doenças genéticas e infertilidade.


Também em decorrência dos bombardeios químicos, algumas crianças nascem com habilidades paranormais. No início dos anos 90 essas crianças tem lá seus 20 e poucos anos, e o exército Legalista (lado que se levantou contra os golpistas) recruta os então jovens para um grupo de operações especiais, a Tropa de Impacto, e o resto eu não vou contar porque vocês vão ler nas revistas.


A minissérie ganhou o troféu HQ Mix, prêmio mais importante dos quadrinhos brasileiros, e o Klebs não queria parar por aí. Em meados do ano passado, quando visitei o stand do seu Instituto HQ em um evento, me contou que estava trabalhando num álbum que expandiria o universo da minissérie, intitulado Pátria Armada – Visões de Guerra. Num rompante de loucura, já que eu nunca tinha escrito um roteiro antes, o Klebs me convidou para participar do projeto. Ainda perguntei se ele tinha certeza do que estava propondo. Disse que sim, e eu tratei de trabalhar.


Pátria Armada – Visões de Guerra é um álbum com 188 páginas, em que mais de 50 artistas e roteiristas dão os direcionamentos mais diversos ao mundo que o Klebs criou. Escolhi contar como foi o momento de fabricação das tais bombas químicas utilizadas nos anos 70. Trabalhei dentro dos preceitos que eu tinha aprendido com o Felipe Castilho, no curso de roteiro, e mandei bala. Minha história virou realidade nas mãos do MJ Macedo, um artista espetacular. O cara esta à frente do estúdio de animação Stuplendo e foi um dos responsáveis pela adaptação para HQs do filme Cidade de Deus.

Ao fazer parte de Visões de Guerra conheci pessoas sensacionais, artistas que eu admirava e outros que eu não conhecia. Um dos aspectos de que mais gosto no universo de Pátria Armada é o fato de se passar no Brasil, abrindo a possibilidade de se refletir sobre a nossa história, e desmistificando de quebra o estigma bobo de que não dá pra fazer histórias com super heróis e superpoderes ambientadas no Brasil.


Agora fica a certeza de que eu quero fazer mais. Trabalho atualmente com o amigo Cassio Ramos num projeto ligado a aquariofilia e educação, e tenho uma outra ideia engatilhada, mas em fase de pesquisa, ainda bem insipiente. Já agradeci ao Klebs várias vezes pessoalmente, mas agradeço aqui novamente pela oportunidade.


Acabando de ler o post façam o favor de passar nesses sites aqui embaixo. E até a semana que vem!


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