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Os curtas de Blade Runner 2049

  • Igor Oliveira
  • 28 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Desde o final de agosto último a Warner Bros vem apresentando uma série de curtas metragens ambientados no universo de Blade Runner. Os filmes contam episódios ocorridos entre 2019 e 2049, o intervalo entre o longa metragem de 1982 e o novo filme.


Quem não domina o inglês precisa fazer uma forcinha, já que os curtas não estão legendados para o português (ao menos no canal oficial), o que é uma pena. Garanto, no entanto, que o esforço é válido, porque o conteúdo é ótimo, além de ser um belo exemplo de narrativa transmídia. Sem mais delongas, vamos aos filmes.


Atualização em 29/09 (Um adendo importante: no Brasil nem é a Warner o estúdio que vai distribuir o filme, mas sim a Sony Pictures)


2036: Nexus Dawn


Dirigido por Luke Scott (sim, o filho de Ridley!), esse primeiro filme nos apresenta o momento em que o personagem Niander Wallace, interpretado por Jared Letto, é interrogado por um grupo de agentes, aparentemente do governo. O personagem está desenvolvendo a geração de androides Nexus 9. Desde os acontecimentos do primeiro filme, a fabricação de androides foi em algum momento proibida e Wallace insiste com a retomada, provando ao final do filme que seus Nexus 9 são completamente subordinados aos donos.

2048: Nowhere to Run

2048 também é dirigido por Luke Scott. É centrado no personagem Sapper, interpretado por Dave Bautista, e se passa um ano antes do novo longa. Sapper vive uma vida discreta, e no decorrer do curta se vê diante de uma situação em que tem que proteger uma moça e sua filha, aparentemente amigas suas. O desfecho, extremamente violento, deixa claro que Sapper é um replicante, tamanha a força física que emprega contra os potenciais agressores das duas mulheres. Bautista, que antes de atuar era do ramo da luta livre, tem a chance de provar como é um bom ator também em momentos dramáticos, diferente da outra boa interpretação, de tom mais despojado, que deu ao Drax nos filmes dos Guardiões das Galáxias.


Black Out 2022


Os dois primeiros filmes são belíssimos, mas Black Out 2022 é hors concours, já que se trata de um anime do genial Shinichirō Watanabe, pai do Cowboy Bebop e de algumas sequências da série Animatrix. Três anos após os acontecimentos do primeiro filme um grupo de replicantes realiza um ato terrorista. A perseguição aos androides está cada vez mais opressora, e o ato do grupo tem como consequência um blackout global que resulta no banimento definitivo dos replicantes da sociedade. Pelo fato de ser, dos três curtas, o mais próximo em termos cronológicos ao primeiro filme, as referências visuais são evidentes, e belíssimas.

Blade Runner tem, entre vários méritos, o de proporcionar alicerces estéticos para o que conhecemos hoje como cultura cyberpunk. Alguns dos melhores animes já feitos são ambientados em mundos cyberpunk, e é bonito demais ver o gênero devolver a homenagem ao seu influenciador.

Blade Runner 2049 estréia nos cinemas brasileiros, na semana que vem, dia 05/10, e minha expectativa vem aumentando muito nas últimas semanas. O pé atrás com essa profusão de remakes e reboots do momento é inevitável, mas a direção de Denis Villeneuve dá uma senhora tranquilidade, além de termos de volta Hampton Fancher, mesmo roteirista do primeiro filme. Esta semana estão rolando as primeiras cabines de imprensa no mundo e a repercussão está excelente. Vamos torcer. Blade Runner é meu filme preferido, de todos os tempos, e uma continuação respeitosa não seria nada mal, embora até hoje tenhamos vivido muito bem sem.



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